| 
                   Foto: https://theoallofs.photoshelter.com/ 
                    
                  HORMANDO ORTIZ CHAVEZ 
                  ( Bolívia – Beni ) 
                    
                  Santa Ana de Yacuma, Beni,  Bolívia, 1896 – Trinidad, Beni, 1950).- Poeta. Autodidata, lecionou em  estabelecimentos de sua cidade natal, San Ignacio de Mojos e Trinidad, onde  ganhou os primeiros Jogos Florais de Trinidad (1926). 
                  Pablo Dermizaky lembra dele: "ele é o poeta por excelência. Durante sua breve vida brilhante este homem  ilustre não fez nada mais do que ensinar literatura e escrever poemas. Sim,  HOC. Eu não podia fazer mais nada. Ele era incapaz de se concentrar no mundo  com a lente prosaica que a maioria de nós mortais carregamos. Ele carregava a  poesia no sangue e os versos saíam espontaneamente quando ele falava…". 
                  Segundo César Chávez Taborga "Embora  tenha ensinado até a morte, Ortiz Chávez foi, acima de tudo, um poeta./…/ À sua  inspiração alada   e fluida, acrescenta uma rara capacidade de  manuseamento técnico do verso que lhe permite até improvisar. Espontâneo,  imaginativo, acusa a transparência lírica e a harmonia verbal, embora peque, às  vezes, de deboche declamatória./ Ele constrói seu mundo poético com elementos  arrancados do ambiente nativo e isso lhe confere vivacidade telúrica e vigor  vernacular". 
                  Em seu poema 'Al Mamoré',  antologizado por Yolanda Bedregal, ela escreveu em seus quatro parágrafos: "Como  uma fita azul feita de renda / você cruza seu ouro florido, / e ouvindo suas  vozes os galhos / te oferecem com seu vestido esmeralda . / Os silfos da tua  praia apaixonados / cultivam lírios pálidos para ti. / Os gnomos da noite com  entusiasmo / forjaram várias velas em seu louvor./ A lua afunda sua face em  teus cristais / e enquanto mergulha, em sua paixão ígnea, / parece que  diamantes, pérolas e rosas estão celebrando o noivado / e você cruza  sussurrando ritornellos / em direção ao mar voraz, onde você não volta, / e a  morte te cobre com seus véus / e os cisnes da tristeza sucumbem". 
                    
                  LIVROS 
                  Poesia: Poemas (1977); Do meu jardim psíquico(1994). 
                    
                  Ref.- Bedregal, Anthology, 1977,  240; P. Dermizaky, "Revisão cultural", Monografia da Bolívia, t.IV,  1975, 125; OG Hurtado, Dicionário Histórico: II, 422; Prefeitura, Monografia  del Beni, sp; Chávez, Perfil da poesia beniana, 1974, 37-45 
                    
                  
                  Imagem do poeta e texto: https://elias--blanco-blogspot-com.translate.goog/ 
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL — TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología  de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los  Amigos del Libro, 1977.  627  p.  13,5x19 cm               Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  AL MAMORE 
                     
                    Como una cinta azul hecha de encaje 
                      cruzas rozando tu florida gualda, 
                      y al escuchar tus voces el ramaje 
                      te ofrenda con su veste de esmeralda. 
   
                      Los silfos de tu orilla enamorados 
                      Cultivan para ti pálidos lirios. 
                      Los gnomos de la noche entusiasmados 
                      forjaron en tu loor múltiples cirios. 
   
                      La luna hunde su faz en tus cristales 
                      y, al zambullir, en su pasión fogosa, 
                      parece que celebran esponsales 
                      los diamantes, las perlas y las rosas. 
   
                      Y cruzan murmurando ritornelos 
                      hacía la mar voraz, do no regresas, 
                      y te cubre la muerte con sus velos 
                      y sucumben los cisnes de tristeza.  
                    
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução: Antonio Miranda  
                     
                  AO MAMORÉ 
                     
                    Como uma cinta azul feita  de renda 
                      cruzas roçando tua florida gauda, 
                      e ao escutar tuas vozes as ramas 
                      te oferece com sua veste de esmeralda. 
   
                      Os silfos de tua margem enamorados 
                      Cultivam para ti pálidos lírios. 
                      Os gnomos da noite entusiasmados 
                      forjaram em teu louvor múltiplos círios. 
                      
                  A  lua afunde sua face em teus cristais 
                    e, ao mergulhar, em sua paixão fogosa, 
                    parece que celebram esponsais 
                    os diamantes, as pérolas e as rosas. 
   
                    E cruzam murmurando returnelos 
                    até o mar voraz, de onde não regressas, 
                    e te cobre a morte com seus velos 
                    e sucumbem os cisnes de tristeza.  
                    
                    
                  * 
                     
                  VEJA e LEIA outros poetas da BOLÍVIA em  nosso Portal:  
                     
                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                     
                  Página publicada em setembro de  2022  
                
  |